Doença de Menière
O que é a doença de Menière? Há tratamento?
Até o século XIX, a medicina acreditava que as vertigens eram causadas por doenças neurológicas. Em 1861, um francês chamado Prosper Menière publicou um estudo mostrando um caso de uma jovem que havia morrido coincidentemente logo após uma crise de forte vertigem associada a diminuição da audição, zumbido e sensação de ouvido tampado.
Ele estudou a parte interna do ouvido dela após sua morte e viu, em microscópio, que seu labirinto apresentava um “inchaço”, que o levou a dizer que seria uma espécie de “glaucoma do ouvido”. Desde então, descobriu-se que está no ouvido interno (também chamado de labirinto) a causa da maioria dos casos de vertigem.
Em homenagem ao francês que primeiro descreveu isso, chama-se hoje de síndrome de Menière o conjunto de quatro sintomas:
- vertigem
- hipoacusia
- zumbido
- plenitude aural
e, acredita-se, desencadeia este sintomas devido à “hidropisia” (espécie de inchaço) da parte interna do labirinto. O mais comum é que o paciente tenha sintomas em crises, que duram poucas horas, e depois ficam algum tempo, em geral dias, sem sintomas.
A maioria possui sintomas apenas numa orelha. Pode aparecer em qualquer idade, mas é mais frequente nos pacientes adultos acima de 40-50 anos. Apesar de não haver cura, hoje em dia há muito o que fazer para os paciente com esta entidade. Há remédios que diminuem a hidropisia, remédios que tratam os sintomas, procedimentos, como injeções no próprio ouvido, exercícios, e, raramente, cirurgias mais invasivas.
Muitas vezes, também, há algo associado que piora a doença, como doenças metabólicas, que, tratadas, ajudam a melhorar o quadro. É muito importante manter um acompanhamento rigoroso com um médico. Os especialistas na área da otoneurologia, em geral, são os otorrinolaringologistas.